Em cada novo projeto de loja virtual (e-commerce), uma das dúvidas que sempre tenho é: “Qual é a melhor maneira de organizar os produtos nas categorias?“. Essa dúvida me leva a uma segunda questão: “Como irei ampliar as categorias quando aumentar a variedade de produtos?“. Acredito serem dúvidas de muitas pessoas que trabalham com lojas virtuais e pensando nisso que resolvi compartilhar a minha experiência nesse tipo de questão.Em primeiro lugar, aviso aos navegantes que, o que estou compartilhando aqui não é a verdade absoluta e provavelmente não será aplicado a todos os casos. Pretendo apenas criar insights e também receber comentários da experiência de cada participante que poderá agregar mais informações e enriquecer a discussão no assunto.
Boas Práticas em Categorias de Produtos
Durante as minhas pesquisas para descobrir a melhor forma de categorizar os produtos das lojas, me deparei com algumas práticas que muitos sites e especialistas indicam. Cito algumas:
- Utilizar títulos das categorias que sejam compatíveis com o mercado comprador, ou seja, ter um cuidado com o nome dado às categorias para que seu consumidor identifique nele os produtos procurados.
- Utilizar um padrão para que seu cliente compreenda a organização da sua loja. O ser humano é uma criatura que aprende por analogia, então se a pessoa entendeu um padrão de funcionamento em determinada parte da sua loja virtual, ela tentará repetir esse padrão em outras partes do site.
- Não ter uma árvore de navegação muito profunda (é recomendado ter até três níveis de detalhamento). As pessoas, e eu me incluo nessa, não possui todo o tempo e paciência do mundo para ir no detalhe, do detalhe, do detalhe. Então se o navegante identifica que a sua loja não possui uma navegação fluida e fácil, ele vai desistir e sair.
- Não possuir categorias (e sub-categorias) ambíguas. Novamente, fazer o cliente pensar não é uma boa, não que as pessoas não sejam capazes, longe disso, mas aqui vale muito mais a lei do menor esforço. A não ser que o seu site esteja vendendo um produto exclusivo e que as pessoas não irão encontrar em qualquer outro lugar, ela irá desistir de entender e navegar na sua loja porque vai achar que é complicada demais.
Categorias na Prática
As boas práticas são muito interessantes, mas e daí, como fez? Exatamente, fui para a prática, e a primeira expectativa que tive fui achar artigos e matérias que me mostrassem (cientificamente e muito bem embasado) as regras de como montar. Infelizmente não achei isso, seja em sites no Brasil ou fora, minha busca se restringiu à internet, e portanto não sei se há alguma bibliografia que trate especificamente desse assunto.No meu caso, estava trabalhando com produtos para bebês, então o que fiz foi pesquisar na concorrência, como eles organizavam e montavam as categorias e os menus das lojas, e para a minha surpresa (e desespero) constatei que cada um fazia de um jeito! Então desapeguei e utilizei os seguintes critérios:
- Utilizar no máximo seis categorias principais, os grandes grupos, dessa forma a minha vitrine não fica excessivamente poluída com um monte de seções.
- Utilizar títulos curtos e de preferência com somente uma palavra (principalmente para o primeiro nível, podendo ser mais flexível para os demais níveis)
- Ter uma navegação de no máximo três níveis, e não ter a obrigação de ter sempre sub-categorias em todas as categorias. Se houver pouco sortimento de produtos em uma determinada categoria, não fará sentido criar muita organização nela simplesmente para o cliente ficar clicando e ver sempre os produtos que já estavam disponíveis na primeira página de navegação.
- Usar algumas informações que já são disseminadas na concorrência, ou seja, se todas as outras lojas de seu segmentos possuem uma categoria “alimentação” por exemplo, é porque muito provavelmente os clientes identificam ali produtos necessários, então seria de bom senso também usar esta terminologia.
- É melhor pecar pelo excesso do que pela falta, ou seja, contrariando um pouco uma boa prática, alguns produtos estarão em mais de uma categoria. Explico. Se tenho um produto que é um brinquedo que é usado para o banho do bebê, porque não colocá-lo na categoria “brinquedos” e também na categoria “banho”? Dessa maneira, consigo captar clientes que estejam buscando produtos para ambos os contextos, não?
Conclusão sobre Categorias
Não há formula mágica, acho que cada contexto e tipo de negócio merece uma atenção específica e não dá para generalizar. Uma coisa é certa, quem vai ditar a melhor forma para construir a organização de sua estrutura de produtos será o seu cliente, então tão importante quanto pensar em uma estrutura que seja fluida, fácil e não faça o seu cliente pensar muito, é acompanhar como está a aceitação (ou rejeição) da sua loja, mas daí já é tema para muitos outros artigos.